A inclusão da educação financeira no currículo escolar é cada vez mais essencial. Iniciativas como ‘Jump Start’ e ‘Next Gen Personal Finance’ nos Estados Unidos, a brasileira ‘Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF)’, e o modelo finlandês, que ensina finanças desde a infância, mostram um crescente reconhecimento da importância deste conhecimento.
Em um mundo globalizado e capitalista, a falta de educação financeira intensifica a desigualdade social. Apenas um pequeno grupo, incentivado a adquirir esse conhecimento, estará preparado para utilizar as ferramentas disponíveis, obtendo vantagens desproporcionais em relação ao restante da sociedade. Não é culpa deles, mas é responsabilidade da sociedade civil identificar e melhorar essa situação, promovendo uma concorrência mais justa no futuro.
A educação financeira abrange a compreensão do sistema bancário, corretoras, economia comportamental, gestão de orçamento, impacto das escolhas de carreira, habilidades de consumo, uso de seguros, investimentos, tipos de ativos, dívidas e crédito, além de consultoria e tributos. Também são importantes temas como compra de imóveis, ativos digitais, empreendedorismo, filantropia e leitura de relatórios financeiros.
Na prática, crianças que participam de programas de educação financeira tendem a economizar regularmente e a planejar melhor suas finanças. Adultos com essa formação têm menos chances de acumular dívidas de cartão de crédito e são mais disciplinados em pagar suas contas. Além disso, são mais propensos a planejar e investir a longo prazo, resultando em retornos mais estáveis e crescimento patrimonial.
A crise financeira de 2008 aumentou significativamente as taxas de suicídio em vários países, especialmente entre aqueles que enfrentaram dificuldades econômicas severas. Isso também ocorreu em outros momentos e lugares onde pessoas perderam grande parte de seus patrimônios em investimentos ruins.
A constante exposição a propagandas cria necessidades artificiais e incentiva o consumo impulsivo, desafiando as novas gerações. O excesso de informação pode sobrecarregar a capacidade de decisão, levando a escolhas irracionais. Empresas que prometem enriquecimento rápido exploram a falta de literacia financeira.
Considere dois jovens, Ana e João, ambos com 20 anos, que começam a investir com R$10.000. Ana investe sabiamente em um fundo de índice diversificado com retorno médio anual de 7%. João faz investimentos ruins e obtém um retorno médio anual de 3%. Após 40 anos, Ana acumula cerca de R$149.745, enquanto João atinge aproximadamente R$32.620. A responsabilidade de Ana a leva a acumular um patrimônio cinco vezes maior que João, ilustrando o poder dos juros compostos.
Crianças podem aprender conceitos básicos de finanças, como poupança e gastos, a partir dos 6 anos. Esse ensino deve evoluir até o final do ensino médio. Na universidade, independentemente do curso, os estudantes devem passar por um exame que determine a necessidade de 0 a 4 cursos de educação financeira. Todos, desde historiadores até designers, precisam saber viver na sociedade moderna.
Para adultos, o desafio é ter acesso a um ensino financeiro confiável e de qualidade. Muitas instituições oferecem cursos gratuitos, mas com viés e conflitos de interesse, visando vender produtos ou serviços.
Recursos online, como MOOCs, aplicativos financeiros e podcasts, tornam o aprendizado contínuo mais acessível. Eventos comunitários, como palestras, seminários e grupos de discussão, promovem a troca de conhecimentos e experiências. Empregadores podem apoiar a educação financeira incluindo programas educativos e consultoria como benefícios aos funcionários.
Não é fácil. Mesmo após anos de estudo, cursos, livros, podcasts, aplicativos, palestras, erros e acertos, ainda me sinto um amador. No entanto, em algum momento todos vamos nos aposentar, e naquele dia podemos estar orgulhosos e seguros, ou tristes e vulneráveis. A educação financeira pode fazer toda a diferença entre o sucesso e a dificuldade.
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